Existe uma coisa estranha no comportamento humano, uma coisa que talvez nenhum sociólogo ou estudioso de qualquer outra área um dia consiga entender: amor.
Amor é assim, aquilo que acontece, de um jeito inesperado, com uma pessoa improvável e tem gosto de eterno.
Quando Vinícius de Moraes diz sua célebre máxima "que seja eterno enquanto dure" ele resume toda a potência da profundidade do amor, da qual nossos olhos não conseguem ver o fundo.
Todo e qualquer ser humano que um dia é abençoado com a capacidade de amar alguém e é retribuído com esse mesmo amor pode-se considerar o ser mais feliz do mundo. Amar não é difícil, pois é natural. Amor não se faz com palavras, versos, estrofes, sonetos, canções. A métrica é somente a escravocrata do lirismo português herdado. Ignore-a.
O amor é feito de toque, de gesto, de arrepio, de corpo involuntariamente tremendo quando os poros sentem os pêlos do parceiro(a) se aproximar.
As pessoas vêem o amor como o maior sentimento que o ser humano tem a capacidade de produzir. Ledo engano, o amor é o menor sentimento, é o menor contato.
Michel Melamed diz que o amor é impossível, e exatamente por isso é incrível.
Concordo com a parte do incrível.
Discordo com o impossível.
Esse texto (crônica) não tem a finalidade de explicar o que é o amor, nem aludir, nem ilustras.
Quem ama sabe.
Se você pensa em alguém agora, talvez você tenha achado seu amor.
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