quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sem título, pra ser diferente...

Acho que o problema todo se baseava na vontade de, de certa forma, querer me parecer com os outros. É, acho que é basicamente isso.

De alguns anos pra cá venho me sentindo muito bem com a pessoa que eu me tornei. Acho que é natural dessa época do ano essa coisa de ficar analisando o passado, programando o futuro. E é isso que eu estou fazendo, só pra não quebrar os costumes.
Andei pensando e cheguei a essa conclusão: eu queria muito ser igual aos outros, aí as coisas meio que davam errado, e quando isso acontecia, eu me sentia mal, abaixo dos outros. Aí vem o problema da auto-estima e tudo mais.
Acho que foi essa a grande mudança que aconteceu na minha vida. Eu encontrei o Lucas perdido em algum canto.

Esse blog, meu caro leitor, tem a finalidade de um desabafo, penso eu. Logo, caso isso não seja de seu interesse... Não faz a menor diferença. Vou continuar escrevendo.

Eu era uma criança inteligente, isso é fato e não vou ficar usando de falsa modéstia, eu era acima da média. Mas, porém, entretanto e contudo, eu era inteligente o suficiente pra ser excluído dos grupos sociais. Eu era inteligente o bastante pra ser excluído. Aí eu queria ser burro, pra estar nas festas, pra participar, pra ser um jovem desses que só dá risada sem se preocupar com o que vai acontecer no outro dia.
Isso nunca aconteceu.
Aí as pessoas ao meu redor começaram a virar adolescentes bonitos... E eu não era assim, eu continuava sendo o inteligente (--')... E isso é bem estranho, não é bom. É estranho.

Resumindo...

De uns anos pra cá eu venho tentando ser eu. E não é que isso dá certo! Acho que eu ando satisfeito com quem eu sou... Acho que eu assumi a luz e as trevas que existe em mim.

Música recomendada pra entender isso: "A Sombra" - Pitty

"Eu quero saber me querer
Com toda beleza
E abominação
Que há em mim"

Eu tô aprendendo. É, tô sim.

See ya!

domingo, 29 de novembro de 2009

Me faz tão bem

As coisas mudam bastante de um dia pro outro, penso eu. As coisas recomeçam, isso é uma das coisas boas da vida, saber que vai mudar, que vai passar. É bom,pode ser ruim, quando se pensa em despedidas, por exemplo, mas no geral, é bom.

A semana foi meio estranha, meio reflexiva, meio com auto-estima baixa, meio que me sentindo feio e achando que nada fazia o menor sentido... Mas agora eu vejo que nem precisa fazer. Eu pensei bastante, cheguei a algumas conclusões, a outras não, mas pensei. Isso também é bom.

Hoje faz uma semana que eu não como carne, nem tomo refrigerante. AÊ!
Ontem teve festa de aniversário do meu priminho, festa de criança regada a refrigerantes e carne, eu saí ileso.
Maravilha.

Hoje teve apresentação do teatro. Foi incrível. Teve a reação que eu esperava quando eu estava escrevendo os textos. As pessoas riram quando era pra rir, e pensaram quando tinham que pensar. Assim que é bom, quando, mesmo que não perfeito, bom o suficiente pra te fazer feliz. Essa coisa de teatro cansa tanto, mas faz tão bem. Recomendo arte pra todos, não sei viver sem. A arte é meu esporte.

Saí com a alma lavada.
Por falar em lavada, que chuva ein.
Eu tive que parar debaixo de um toldo pra esperar passar. Me veio tanta coisa na cabeça enquanto eu estava esperando a chuva ir embora. Em um minuto a rua estava cheia de água... E ela estava correndo, correndo pra onde tinha que correr, levando tudo que era mais fraca que ela, desviando de tudo que era mais forte que ela.

Pra maioria das pessoas isso não faz sentido algum. Afinal, é só água. Mas eu vejo bastante coisa nisso. Tem muita poesia. Tem muita lição.
É assim que tem que ser, independente de como aconteça, as coisas vão pra onde tem que ir. A água sabe pra onde ela vai, e vai, carregando coisas, fugindo de outras, mas vai.
Tudo toma o rumo que tem que tomar.

O que tiver que ser será. A vida segue seu rumo natural. E eu sei ter paciência.

Foi um bom dia, foi sim.

See ya!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dias estranhos

Faz algum tempo que eu estou com vontade de escrever aqui. As vezes tanta coisa se acumula dentro da minha cabeça que parece que ela vai explodir.
Andei reparando que se eu não escrevo o que eu sinto, vou começando a ficar chato, a falar menos, a ficar mais introspectivo.

Introspectivo, essa é a palavra.
Introspecção.
Ando assim, meio que sei lá, nesses tempos. Meio que falando menos, e pensando mais. Pensando demais. Muito pro meu gosto.
Acho que é essa coisa de final de ano, esse clima de um ciclo que acaba, outro que começa. Começar de novo, mudar tudo, tentar mudar quem você é, ou o que anda fazendo de errado. Ou, pelo menos, o que anda fazendo de "nem tão certo".

Suicídio é uma coisa que sempre me assustou demais, sempre me senti meio acuado com isso. Acho que, por mais fraco que se possa ser, você sempre pode se defender, sempre pode brigar, mesmo que você saiba que vai perder. O inimigo pode ter o dobro do tamanho, mas o instinto de sobrevivência fala mais alto, e de alguma forma você se defende.
Correr também é uma defesa.

Mas e quando seu inimigo é você. Como se defender de alguém que te conhece tão bem e que vai direto no seu ponto fraco.
O suicídio é uma suculenta maçã vermelha quando tudo o que você mais quer é uma suculenta maçã vermelha.
É quase irresistível.
E quem nunca teve vontade de provar dessa maçã.
Eu já.

Passei uma semana meio estranha, fiquei meio mau. E depois veio uma montanha-russa de emoções, com altos e baixos. Eu sempre me dei bem com isso, já me conheço suficientemente bem pra saber que quando eu estou bem saio pra rir com meus amigos, e quando estou mal desconto tudo no caderno.
Mas e quando você não sabe se foi um alto ou baixo.
Isso confunde demais. Machuca, até.

Não vale a pena mudar quem você é pra conseguir algo que você quer.
Será?

Ando pensando bastante nisso. É impossível mudar sua essência, mas indubitavelmente dá pra se moldar ao espaço e a situação.
Eu vou me moldar.
Sem pressa.
Sei esperar a hora certa.

Librianos que me aguardem.
Fazer o ego crescer.

Ano novo, vida nova...

sábado, 31 de outubro de 2009

Cinema em casa

Hoje foi dia de cinema!
Muito bom, muito bom.

Vamos lá, do começo.
No sábado passado foi aniversário do Fabrízio, aí eu tive a idéia de chamar o pessoal dos grupos de teatro pra vir assistir um filme aqui em casa.
Pois bem, assim feito.

E o que combina com filme?
PIPOCAAA!
Se liga na bagunça! ;D






Amanhã eu posto direito, tô com sono e amanhã tem ensaio cedo.
=\

See ya!
;D

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sem TV não dá!

Tô aqui musicando, ou seja, tudo pode mudar... Mas vai aí os primeiros rabiscos.

SEM TV NÃO DÁ!

Sem TV não dá!
Como eu vou me iludir,
se minha janela fechar?
Cadê meu Manoel Carlos,
A Gloria Peres pra me enganar?

Quero meu mar de mocinhas bobas
Depois que o jornal acabar
Quero os mocinhos másculos
Me ensinando como devo me portar
Sem TV não dá!

Eu me perco se não tenho essas imagens de cultura e lazer
Sem ela não sei viver

Me mostra como viver
Me ensina como ignorar
Esse mundo como está
Sem TV não dá!

Sem TV não dá!
Como eu vou me distrair,
Sem ninguém pra me enganar?
Cadê o Bonner e a Fátima,
Pra me manipular?

Eu quero meu mar de notícias modificadas
Antes da novela começar
Quero saber das notícias das guerras
Que país nenhum vai ganhar
Sem TV não dá!

Eu me perco se não tenho essas imagens de cultura e lazer
Sem ela não sei viver

Me mostra como viver
Me ensina como ignorar
Esse mundo como está
Sem TV não dá!

Eu quero esquecer do mundo real
Que insiste em me ferrar
Quero ser todo bonitinho, gostosinho
As celebridades copiar
Mas sem TV não dá!
Sem TV não dá!

Re-começo

Pois é, mais um blog. Mas acho que com esse é meio diferente. Não é mais pra divulgar nada, nem pra nenhum outro objetivo que não seja a simples vontade de falar.
Acho que me preocupei menos com o layout, mais com o que dizer. E eu prometo não prometer escrever todo dia, mas posso jurar tentar fazê-lo.

Não sei ao certo como comecei a amar Los Hermanos, mas acho que foi a primeira vez que vi a Maria Rita cantando "Todo Carnaval Tem Seu Fim". Eu sempre fui meio pirado com a coisa de letras, eu viro fã das pessoas pela maneira como elas escrevem. Acho que tá tudo ali, ninguém consegue esconder o que é e o que pensa quando escreve. Mais cedo ou mais tarde suas palavras te acusam. Não dá pra mentir. Foi assim que eu comecei a ver o Marcelo Camelo como um baita compositor. Procurei algumas coisas da banda e fui me apaixonando a cada música.
Uma pena que quando eu virei fã a banda já estava nessa de "dar um tempo". Me resta esperar por algo novo.

Isso tudo é pra falar das novas aquisições.



Esse ao vivo é maravilhoso, ainda não ganha do Cine Iris, mas é realmente muito bom.
Alguns versos de músicas deles é pra marcar a vida. Mesmo.
O encarte também é lindo. Simples e lindo.

Ok, ok! Mas ainda tem o Chiaroscope.
MEU DEUS, O QUE É ISSO?
É incrível. Surto de fã-guria-louca de lado, devo dizer que é incrível o jeito como a música é exposta nesse DVD. Juro que eu esperava algo mais como o DVD de Anacrônico, onde a Pitty gastava muitas palavras pra deixar claro o processo todo, mas é bem diferente. É como se a imagem dissesse tudo. Como se desse pra entender todo o conceito do álbum só vendo o clima das músicas.
É música pra ver, e isso já vale muito.
Achava que depois do Admirável Chip Novo muita coisa ia mudar pra Pitty, mudou mesmo, e continua mudando. Que bom, mudança é o que há de bom. Principalmente quando tudo continua incrível em cada detalhe.

Bom, neste exato momento eu deveria estar estudando, fazendo algum trabalho de faculdade, passando texto do teatro, ou mexendo com a divulgação da peça.
Mas não, tô aqui falando besteira. O que é bem melhor, fique registrado.

Hoje o clima tá muito mais pra escrever e desenhar.
Violão de um lado, caixa de lápis do outro, idéia na cabeça. Não falta mais nada.
Na faculdade eu me viro depois. Depois.

Mãos a obra!


See ya! ;D