segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mal Súbito

Não controle os meus impulsos
De ser quem eu não posso
De fazer o que eu não devo
De achar que tudo é pouco
Não corte seus pulsos
Pra mostrar a injustiça
Pra ilustrar que é vítima
Pra sangrar mais um pouco

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Cadê meu violão quando eu preciso dele?
oO'
--'

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Anti Social

Ontem eu estava me trocando pra sair da academia, um garoto, nada educado, olhou dentro da mochila viu um exemplar de Harry Potter. Eis que ele puxou assunto.
Bom, nada contra pessoas que puxam assunto, eu não faço isso, mas, né... Cada um cada um. Juro que tento ser uma pessoa simpática e dou bola pras pessoas, mas quando ele chamou a Belatrix de Elisabeth, fui obrigado a enfiar os fones de ouvido e dar um tchau.

Acho que ser anti social é uma arte. Não é questão de ser antipático, apático, ou mal educado. É puramente uma questão de esnobar os movimentos alheios.
Pode ser errado, mas prefiro ficar só as vezes, não retribuir olhares, não gastar palavras nem sorrisos a toa.
Eu me encaixo muito bem em mim mesmo, e na maioria das vezes não me sinto tentado a expandir o Lucas pro universo externo.
Acho que ser anti social tem muito a ver com caber perfeitamente dentro de si mesmo. Fazer todos os sentimentos e movimentos caberem dentro de seu corpo e mente.

Eu sigo assim, cabendo dentro de mim e afastando as pessoas.
Sou muito amigo dos meus amigos, e só eles sabem o quanto custou pra conseguir essa amizade. Pra o restante, silêncio.

Mas estou bem assim. Anti social.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Essas estrelinhas...

Bom, esse Blog serve, entre outras coisas, pra esvaziar a minha mente. Pra ficar divagando sobre as coisas que acontecem no universo ao meu redor.

Sábado passado eu fiz uma coisa que vai me acompanhar por toda a vida, na verdade, duas coisas. Nada mais justo do que ter um post pra ficar pra eternidade.

Na sexta feira me deu a louca e eu queria porque queira furar o nariz, essa vontade já me acompanha há anos, mas algumas coisas me impedem. Mesmo assim, fui pro studio, chegando lá, o carinha que furava não estava (D:) aí, assim, só por curiosidade, perguntei da tatuagem. Porque não fazer, afinal?

Marquei pro outro dia, e indo contra minhas expectativas, tive coragem e fui.

Agora tenho uma estrela em cada panturrilha e estou as amando loucamente. Vontade de fazer mais umas cinco tatuagens.. Só kkk

Três perguntas que tenho ouvindo muito:

1) Dói?
Sim e não. Se falar que não dói, é hipócrita, dói sim. Mas a dor é suportável... E apesar de ter feito duas tatuagens exatamente iguais, a da esquerda doeu absurdamente mais do que a direita. Quase dormi na da direita, quase chorei na da esquerda. No final, a dor ficou equilibrada.
No final das contas, todo drama é exagero. No dia seguinte machuquei o dedo e doeu (e está doendo) muito mais do que a tatuagem.

2) Por que estrelas?
De verdade, não sei. Não tem significado específico, mas desde criança amo estrelas e as desenho em todos os lugares. Dizem que traz boa sorte. Não sei. Mas as acho lindas... Isso basta né. São só tatuagens, não precisa de tanta poesia.

3) Porque duas estrelas iguais em pernas diferentes no mesmo lugar?
Então, aí o bicho pega. Não sei bem o porque também. Entretanto, essa coisa de simetria me encanta. Notei que TODAS as tatuagens que mais gosto são desenhos simétricos ou posicionados simetricamente no corpo. Gosto dessa coisa do equilíbrio, acho que se eu fizesse só numa perna, ou fizesse desenhos diferentes, me sentiria mais pesado de um lado (kkk), sei lá. Gosto desse equilíbrio.

Enfim, to satisfeito, feliz... E rabiscado!

Seeyá

;D

Estranho

Eu sonhei que minhas tatuagens tinham apagado.
Aí eu acordei.
Aí, quando dormi de novo, sonhei que estava sonhando que minhas tatuagens tinham apagado.

Sou estranho?
( ) Sim
( ) Não

Credo, to ficando paranóico!
D:

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Se decepcionar com as pessoas...

É absolutamente normal.

Afinal, quem nunca se decepcionou?

Acho que é assim mesmo, e vai ser assim pra sempre, vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente, Renato Russo já dizia. Mas, no fundo, eu acho que é tudo culpa da projeção às avessas, nós acabamos idealizando a pessoa perfeita na pessoa que queremos que assim seja. Mas, conselho, ela não é. Ninguém é perfeito, e talvez essa seja a graça da vida: saber driblar a imperfeição alheia. É estranho e complicado, mas é assim que é.

É como viver nesse paradoxo o tempo todo, fugindo das pessoas previsíveis, mas ao mesmo tempo sabendo que se decepcionar com elas é inevitável, logo, todo e qualquer ser humano não é nada que não um ser previsível. E isso é triste.

Acho, então, que o problema não está em ser previsível, conviver com pessoas previsíveis ou se decepcionar com elas. Descobrir os defeitos de alguém é normal. Mas seria menos dolorido se aceitássemos isso.
Ou seja, para viver bem com os defeitos de alguém basta assumir os defeitos da pessoa. Como que comprando um pacote completo numa promoção. Tudo faz parte do produto...

Defeito é bom.
Acho que é impossível mudar alguém, é impossível fazer com que essa pessoa se molde ao que queremos. Tudo é impossível.
O que falta é aceitar isso, só. Assim, simples.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cinquenta e sete

A.
Eu aqui
Aflito
Sumo de mim
Tentando esconder
Esse dia ruim
Com a mão no rosto
Protegido de mim

B.
Me perco na cama
Te perco na cama
Fim de quem ama
Acordar só

C.
Preciso dividir meus segredos
Mostrar os meus medos
Viver de paixão

D.
Eu assim
Cão vadio
Late e morde
Tentando viver
Esse sonho bom
Esquecendo o desgosto
Vacinado, enfim

B.
C.

E.
E não é assim tão diferente
Não é tão ácido
Já não é tão doce
Não é fim
Não é começo
Não é constante
Nem é... Esqueço.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dia Completo

O dia de ontem foi estranho e quase que assustador. Parece que durou um mês. Parece que eu vivi um mês.

Acordei de ótimo humor, depois fiquei péssimo, depois fiquei bom, depois reflexivo. Dei risadas, mudei o visual, fiquei doente.

Essa montanha-russa me cansa, mas pelo menos mostra que está tudo em movimento.

Nota para mim mesmo: Não tomar mais o frio da madrugada, isso certamente resulta em ficar doente no próximo final de semana.
Ah sim, próximo final de semana é prolongado. Maravilha. Ficar doente, tudo que eu queria.

Queria poder tomar mais atalhos... Essas voltas e loopings estão me deixando meio tonto.
Preciso fugir, mais uma vez.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cicatriz

Um homem é mais ou menos feito das coisas que perde

Não lembro da frase certa, mas tem algo assim em Dom Casmurro... E eu concordo irrevogavelmente com Machado de Assis.

As pessoas são feitas de pele, mas o tempero quem dá é as cicatrizes. Pele é sempre igual, salvo a quantidade de melanina... Mas o tempo é o que nos torna únicos. Ele traz marcas, manchas e cicatrizes.

Algumas pessoas estão mais propensas a dor do corpo. Elas fisicalizam essas cicatrizes e mostram pro mundo a marca de suas perdas. O corpo funciona como ilustração do que sentem por dentro. Como se a dor interna fosse abstrata demais, e precisasse sair. Ver a luz, ou roubar um pouco dela do mundo.
Outras pessoas acabam por guardar tudo dentro delas, encontrando meio de não fazer com que essas cicatrizes cheguem a pele. Fica tudo reprimido. E, por experiência própria, sei que essas que estão escondidas doem mais. Muito mais.
Eu me enquadro mais nesse segundo tipo.

Acho que tem coisa de mais na minha cabeça.
Depois que organizar as coisas aqui dentro, coloco no blog.

Seeyá

Próximo passo nunca existe, dica.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Confusão não precisa de título

Gosto muito dessa coisa de poder aprender coisas novas, viver novas situações, lidar com pessoas diferentes. Só é meio assustador pensar que as intenções com as pessoas que a gente convive podem ser diferentes das intenções que essa pessoa tem com a gente. Daí vem a frustração.

Hoje o dia foi normal, comum e com tudo acontecendo de uma maneira bem estranha (rs). O Brasil foi eliminado da copa (whatever), eu trabalhei pra caramba, meu dentista fugiu e eu voltei pra casa achando que ia ter um pouco de descanso, mas meus pais fizeram o favor de sair e deixar tudo trancado. Aí eu saí a busca deles, e achei-os na casa de uma tia. É da casa dela que eu to postando, enfim.

O dia, no geral, foi bom... Mas eu estou, irrevogavelmente, confuso. Ao mesmo tempo que as coisas parecem ser sólidas, elas parecem ser tão sólidas quanto gelo, que vai derretendo pouco a pouco. Acho que ninguém nem nada pode mudar isso, fatos são fatos.

A questão é, a gente bate a cabeça milhões de vezes na parede, e dói. E aí, naturalmente aprendemos que não devemos mais bater a cabeça na parede. Metáforas à parte, algumas sensações, mesmo que podendo causar seqüelas catastróficas, são boas e merecem ser vividas.

Acho que essa é a diferença, saber que se está entrando em algo que está fadado ao fracasso, que tem 99% de chances para dar errado.

Enfim, "dessa vez eu já vesti minha armadura".
Mas vai ser ruim quando isso passar... Eu sei que vai.
=\

Espelho Maldito...

Não, ao contrário do que a maiorias das pessoas pensam, eu não sou Narcisista. Muito pelo contrário, eu odeio o reflexo que o espelho exibe porque ele é infinitamente pior do que eu sei que poderia ser. O que me faz fixar nos espelhos e essa patológica neura com a imagem.

Imagem não é tudo, eu sei. E também faço parte daquela filosofia que acredita que beleza cansa... O que sobra é o que a pessoa tem por dentro. Mas eu penso assim, e mais poucas pessoas. Bem poucas, talvez.

É só que nos últimos dias eu ando sendo mais severo comigo mesmo nas punições por não ter um corpo perfeito, nem um rosto perfeito.

Eu tenho cara de bravo, barba no rosto e sou meio gigante.
Eu só aparento segurança, é tudo mentira...
Eu fico cada vez mais cabisbaixo com essa coisa de desagradar as pessoas, de não ser o que elas esperam...

No final das coisas, sobra, realmente, as qualidades...
Mas dá um pouquinho (ou muito) de medo. Não sei se ofereço as qualidades físicas necessárias pra reter quem é importante pra mim.

Neurose básica... Sei que não passa. Depois piora.