segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Desde que eu tinha uns dez anos eu uso a coisa de escrever como válvula de escape, pra falar o que eu acho que ninguém vai entender. Nem eu.

Acho que se trancar no quarto, pegar o violão (que eu mal sei tocar) e escrever umas rimas bobas é uma das melhores sensações do mundo. É sentir toda essa emoção abstrata virar sólida e frágil conforme o núcleo do lápis vai se gastando no papel deixando um pouco de eternidade gravada na folha, e um pouco de pó, que some com o vento mais fraco e se perde pra sempre. Se mistura com outros pós (sic) nem tão nobres. Nem tão dignos.

O lápis acaba, o papel rasga, a gente morre. Mas a música é pra sempre. Como todos os bons sentimentos tem que ser. Eternos.

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