sábado, 4 de setembro de 2010

Divagações (totalmente pessoais) sobre a popularidade

Sim, já está tarde. Eu estou pronto pra dormir, deitado na cama, na verdade. Mas, naturalmente, minha cabeça está cheia, hora de esvaziá-la.

Eu não condeno quem gosta de ser popular ou busca isso pra si. Alguns freudianos acreditam que isso seja só uma patológica necessidade de auto-afirmação. Ou seja, as pessoas tentam alçar um lugar melhor na sociedade através da popularidade como forma de mostrarem pro mundo que elas tem qualidades e merecem ser vistas. Mas isso é papo de psicanálise, e não dá pra dizer se é extremamente confiável. Vai muito do que você acredita.
Acho que ser popular é, pelo prisma de alguns, legal. E isso justifica muita coisa.

O problema, como de praxe, acontece dentro de mim. Eu que devo ter algum problema com popularidade. Não me sinto bem sendo o centro das atenções, me incomoda, me dá urticária. Eu passei os últimos 21 anos da minha vida tentando ser invisível, e acho que estou me saindo muito bem. Nunca fui muito popular. Na escola, na faculdade, na rua, no emprego. Isso, vale ratificar, não está relacionado de forma alguma com competência, beleza, insegurança e outros assuntos mais. Está somente (e puramente) ligado ao fato de não saber lidar com demasiada atenção.

Caro leitor, caso esteja esperando um parágrafo conclusivo, pare por aqui, este não existirá. É só uma divagação, que não nos levará a lugar algum.

Imagino que deva ser sublime o sentimento de ser amado em grande quantidade. Mas me assusta o fato de quanto mais popular se é, mais raso é o amor. A profundidade emocional desse complexo sentimento chamado amor vem decaindo com o passar dos anos (culpa do Orkut, creio eu), e quando milhões de pessoas te amam é inevitável a sensação de quão frágil e superficial é esse amor.

É a tênue diferença entre ser muito amado por uma pessoa, ou ligeiramente amado por mil. É confuso, sei, mas é como estar se arriscando a não ter nenhum amor, como se tudo fosse passageiro. O amor de um só também é passageiro, há que se dizer, mas pode, ao menos, ser mais intenso.

Logo, se serve de conclusão (para lhe satisfazer), acredito não haver certo ou errado. Acredito que haja o que mais se molda às suas vontades. Eu não sei ser amado por muitas pessoas. Acho que eu nunca vou ser popular... Minha vida está mais para conta-gotas do que para mangueira aberta.

Fim de papo.

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